terça-feira, 16 de novembro de 2010

Estudos apontam potencial da própolis verde para tratar problemas bucais

Apesar de serem temidas pela maioria das pessoas por sua picada potente, as abelhas fazem muito bem ao homem, até mais do que se imagina. Além do saboroso mel, benéfico à saúde, esses espertos insetos voadores produzem a própolis, eficiente antibiótico natural que vem revelando, a cada dia, mais propriedades terapêuticas. Uma pesquisa feita pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, descobriu outra aplicação para a substância: a prevenção e o tratamento de doenças inflamatórias na boca, como gengivite, mucosite e candidíase crônica.

A partir da descoberta, o grupo, coordenado pela bióloga Esther Margarida Bastos, desenvolveu um gel e um enxaguatório bucais à base da própolis verde, um dos 13 tipos existentes no Brasil. A intenção é fazer com que os produtos sejam disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS). Caso isso ocorra, os cientistas da Funed podem disponibilizar o primeiro enxaguatório fabricado no Brasil, já que todos os existentes no mercado são produzidos por empresas multinacionais.

O ineditismo do estudo não para por aí. Em parceria com a Funed, o dentista Ronaldo Rettore Júnior realizou a primeira pesquisa mundial usando a própolis verde na prevenção e no tratamento de inflamações em implantes dentários. “Buscamos na literatura internacional alguma experiência similar e não encontramos. Somos os primeiros a usar a própolis com esse objetivo”, garante. Os testes feitos em laboratório apresentaram resultados animadores.

“O enxaguatório à base de própolis se mostrou tão eficaz quanto o convencional no tratamento dos processos inflamatórios”, afirma o dentista. Segundo ele, a clorexidina, princípio ativo usado em 90% dos antissépticos bucais, provoca efeitos colaterais no uso prolongado, como a perda do paladar e o aparecimento de manchas dos dentes. Já a própolis não apresenta nenhum desses inconvenientes. O único desafio, segundo o dentista, é chegar a uma fórmula com aroma e gosto mais atrativos, já que o natural não agrada a muitas pessoas.

Os resultados dos testes serão publicados este mês, durante a apresentação da tese de doutorado de Ronaldo Rettore, no curso de pós-graduação em implantodologia da Universidade São Leopoldo Mandic, em Campinas (SP). A partir daí, serão feitos experimentos em pacientes para confirmar os testes laboratoriais. Em seguida, se os resultados forem positivos, o produto fabricado pela Funed estará apto a ser comercializado ou oferecido pelo SUS.

Caso saia tudo de acordo com o esperado, o enxaguatório deve ter seu uso expandido, além do propósito para o qual foi criado — recuperação de pacientes com implante dentário. “Ele poderá ser usado por qualquer pessoa na prevenção de cáries, gengivites e outras doenças bucais, substituindo os enxaguatórios comercializados atualmente”, afirma o especialista.

Dentaduras
Outra pesquisa feita por profissionais da Funed testou a própolis no tratamento da candidíase atrófica crônica, doença comum em pessoas que usam prótese dentária total. “A maioria dos pacientes tem dificuldade em higienizar a dentadura e muitos dormem com ela, o que provoca a proliferação dos micro-organismos e causa a enfermidade”, explica Esther Bastos.

O tratamento convencional é feito com medicamentos à base de miconazol, um princípio ativo forte, que costuma gerar efeitos colaterais adversos, segundo a bióloga. Os 30 pacientes que participaram dos testes usaram o gel fabricado por 30 dias. “O medicamento se mostrou altamente eficaz”, afirma a pesquisadora. Além de não provocar efeitos colaterais, o gel também tem preço inferior ao medicamento convencional.

Os dois produtos, fabricados em parceria com as faculdades de odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), já foram encaminhados para o registro de patente. “Laboratórios internacionais também demonstraram interesse em produzir os medicamentos por meio da assinatura de um convênio de transferência de tecnologia”, revela a bióloga da Funed.

Propriedades terapêuticas
Muitas pesquisas vêm sendo desenvolvidas com a própolis, que se mostrou positiva para curar várias infeções, como estomatite, amidalite e gengivite. Ela age como bactericida, cicatrizante e antisséptico; fortalece a ação imunológica no organismo; reduz efeitos colaterais de anticancerígenos e da radioterapia; previne e trata pneumonia crônica e bronquite infantil; ajuda na recuperação de pacientes com queimaduras graves, entre outras aplicações.

Origem
A própolis verde é produzida a partir da mistura de uma cera produzida na saliva das abelhas e de uma resina que esses insetos retiram do alecrim do campo, conhecido popularmente por vassourinha. A própolis serve tanto para proteger a colmeia, funcionando como vedante, quanto para envolver as abelhas que morrem dentro da colmeia e não podem ser retiradas por algum motivo. Esse uso, inclusive, chegou a ser copiado pelos humanos. Registros históricos dão conta de que os egípcios já usavam a própolis para embalsamar suas múmias.

quarta-feira, 28 de abril de 2010


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